Papilite por toxoplasmose ocular com evolução incomum: percepção do paciente e relato de caso

A toxoplasmose ocular manifesta-se com maior frequência por um quadro de retinocoroidite necrotizante e, com menor frequência, por coriorretinite justapapilar e/ou papilite. A evolução de papilite para retinocoroidite justapapilar raramente foi descrita. Apresenta-se o relato de caso de uma paciente de 52 anos, habitante da Região Sul do Brasil, que iniciou com quadro de papilite em olho direito, sendo tratada com corticoides sistêmicos (prednisona 0,6/mg/kg ao dia e pulsoterapia com metilprednisolona 15mg/kg ao dia, por 3 dias), mas, após 14 dias, evoluiu para retinocoroidite justapapilar, com vitreíte e diminuição de acuidade visual (20/60), sendo imediatamente instituído o tratamento via oral clássico para toxoplasmose, com pirimetamina (50 mg ao dia), sulfadiazina (4 g ao dia) e ácido folínico (15 mg a cada 3 dias), e mantida a prednisona (0.6 mg/kg/dia). A acuidade visual do olho direito normalizou após o tratamento (20/20), que durou em torno de 70 dias, porém desenvolveu escotomas ao exame de campo visual, sobretudo de quadrante nasal inferior. Embora tenham sido encontrados dois trabalhos que mencionam essa forma de apresentação, o presente relato destacase por enfatizar a possibilidade de manifestação da toxoplasmose ocular por meio de papilite na fase inicial, que evolui com retinocoroidite justapapilar, causando defeito permanente de campo visual, justificando que se avalie a instituição de tratamento precoce para toxoplasmose dos casos suspeitos, sobretudo em região endêmica.

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