Degeneração macular relacionada a idade (DMRI)
A DMRI é sabidamente a causa mais comum de cegueira irreversível no mundo, acima dos 60 anos de idade, sendo que as mulheres são mais acometidas que os homens na proporção de 2:1. Vários fatores de risco tem sido envolvidos no seu aparecimento, tais como doenças cardiovasculares, tabagismo, defeitos nutricionais e toxicidade à luz. No entanto parece que o que ocorre é um processo de envelhecimento e desse processo advém alterações retinianas denominadas de DMRI. O envelhecimento é um processo fundamental que ocorre mesmo na ausência de doença associada. Nas células sem capacidade de divisão mitótica (multiplicação) esse processo é mais acentuado ( Retina e cérebro por exemplo). A retina é um tecido que trabalha 24hs por dia para produzir imagem.Assim, não é errado pensar que durante a vida, ocorra um desgaste dessas células, que passam a não desempenhar bem sua função e ainda acumulam resíduos que são utilizados na produção da imagem. Há duas formas de DMRI: a forma seca que ocorre em 80% dos casos e a forma exsudativa que acomete 20% das pessoas. A forma exsudativa causa grande baixa de visão e é responsável por 90% dos casos com perda visual severa, atingindo pacientes em média com mais de 75 anos de idade. A queixa principal dos pacientes com DMRI é a baixa de visão, as vezes associada a visão “torta”. A doença é diagnosticada pelo exame de fundo de olho sob dilatação da pupila, o que às vezes é ainda dificultado pela presença de catarata. No fundo de olho pode-se encontrar drusas (figura 1), que são indícios do início da doença. Exames complementares modernos, como a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) (figura 2) e a angiografia fluoresceínica da retina (figura 3), ajudam a classificar as formas secas e exsudativas da doença e auxiliam ainda no acompanhamento desses pacientes. O tratamento da forma seca se faz com multi-vitamínicos orais especíificos tomados diariamente. Já a forma exsudativa se trata com aplicações de medicações intra-oculares denominadas de anti-angiogênicos (Avastin, Lucentis e Eylia).
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